Era uma terça feira nublada como é bastante comum para quem mora em São Paulo no período de inverno. Eu fazia aquela pausa de descanso de não mais que dez minutos para oxigenar o cérebro e rapidamente consumir um pouco das redes sociais.
Ao abrir a tela do meu computador, fui surpreendido com o número de SMS que eu havia recebido em não mais que duas horas.
Dez mensagens inundavam meu celular por SMS. Tinha de tudo. Confirmação de compra, banco vendendo algo, aviso do plano de saúde e dois SMS que desconfie serem golpes.
Senti um leve frio na barriga pensando como seria se meu Pai recebesse aquela quantidade de SMS. Muitos tinham como objetivo roubar dados ou senhas.
Isso despertou em mim uma enorme preocupação. O SMS não é nada novo, mas como praticamente renasceu, fiquei muito preocupado com isso.
Se por um lado o SMS tem sido exaustivamente usado para golpes, por que não utilizá-lo como estratégia?
ANTIGAS TECNOLOGIAS SÃO RESGATADAS COMO ESTRATÉGIA DE CONTATO
Logo que comecei a empreender, eram as malas diretas que dominavam nossa caixa de correspondência física.
Talvez você não saiba o que é, mas recebíamos tudo por carta. Mala direta era um modelo padrão de promoção ou informação enviado a centenas de pessoas com o objetivo de oferecer algo.
Assim como os folders de apartamentos que recebemos nos faróis, as malas diretas chegavam as dezenas dia após dia.
O SMS está neste campo. Ele foi resgatado, mas em um passado não muito distante, era a forma de mensagem mais comum. Claro que depois da invenção do Whatsapp tudo mudou.
Nos EUA no entanto o SMS continua sendo a maior forma de envio de mensagens. O Whatsapp por lá nunca passou de 20% dos usuários.
Por aqui, ele tem sido retomado tanto por empresas para oferecer seus produtos ou mesmo melhorar a comunicação com eles. O interessante é que por SMS, mais de 80% dos usuários no mínimo veem as mensagens, o que cai drasticamente em relação ao email que é menos de 2% de abertura.
JÁ IMAGINOU VOCÊ ENVIAR AO SEU CLIENTE NO DIA DO ANIVERSÁRIO DELE UMA CARTA?
Anos atrás, fizemos uma ação na Ravel enviando uma carta a cada colaborador escrita à mão em uma data especial.
Imagine você receber uma carta escrita a mão nos dias de hoje? Você pode até pensar que é algo estranho uma carta, porém talvez não imagine o impacto que faz.
A questão central é que queremos ser especiais. Cansamos dos modelos de comunicação de massa. Segmentar seus clientes e enviar algo diferenciado a ele pode fazer uma enorme diferença.
Pense em sua próxima campanha de comunicação e tente entender qual modelo seria possível criar uma maior conexão com seu objetivo.
NO MUNDO ATUAL O QUE ERA ANTIGO SE TRANSFORMOU EM COOL!
Nos dias de hoje, olhar para o passado é estratégico. Não se iluda nem tudo que é moderno faz sentido para sua necessidade.
Estamos envolvidos com a tecnologia e consumimos muita coisa sem sentido. Acumulamos equipamentos, máquinas usadas e sistemas que jamais usaremos.
Mesmo em nossos celulares usamos menos de 10% dos Apps que baixamos. O sentimento de estar em conexão com o moderno estressa e cansa quase que ao mesmo tempo que acreditamos estar “atualizados”.
Consumir o que realmente precisamos é o mais sensato. Desta maneira, uma boa consultoria de tecnologia é essencial.
Estar atento às novidades é importante até porque muita coisa boa vale a pena usarmos, mas sempre é bom tomar cuidado com o excesso de variáveis.
O conceito de paradoxo da escolha foi pensado pelo psicólogo americano Barry Schwartz e demonstra como nosso comportamento é afetado pela liberdade e as escolhas. Segundo o autor, nossa sociedade vive um paradigma onde a liberdade de escolha é central.
A liberdade de escolha com tantas opções paralisa. A paralisia da escolha refere-se à o pensamento de que quanto mais escolhas temos, mais difícil será decidir por algo.
O fato é que se você está em uma situação hoje, tudo é resultado de escolhas feitas no seu passado que ajudaram você a chegar aonde você está hoje.
Pense bem em suas próximas ações, lembre-se que você pode usar outros canais de comunicação, mas, não exagere pois o paradoxo da escolha está aí para não nos deixar confusão.