Era uma tarde fria de outono. Um daqueles dias que para alguns é ideal para sentar-se e ler um livro. Mas para Augusto, nada seria mais desanimador do que ficar mais um final de semana sozinho em sua casa.

Morava a poucos meses sozinho, logo após de seus pais terem retornado à terra natal. Ele definiria que não mais estaria nas estatísticas dos retirantes que vêm e voltam para São Paulo e continuaria firme em seu emprego se mantendo como podia.

A vida era bem difícil. Dias a dias trabalhando sem muitos amigos, mas sempre que podia buscava nas redes sociais um rosto amigo ou uma troca de mensagens com alguém querido.

De segunda a sexta, dava duro no trabalho e quase sempre ao chegar em casa estava exausto. Quando sobrava um pouco de energia e sempre que era possível buscava estar perto de alguém que lhe fizesse bem.

No fundo, mesmo estando aqui em São Paulo por vontade própria, a ausência dos seus pais causava um enorme buraco em seu coração. 

Não foram apenas os pais que haviam voltado para o nordeste, mas sim eles e seus dois irmãos menores. 

Naquela tarde fria de outono, um vento gelado tocou seu rosto quando abriu a janela. Mesmo que de forma momentânea, sentiu algo ruim naquilo. 

Olhou para fora e ficou assustado com os sentimentos que rondavam sua mente. Foi neste momento que reconheceu que não mais podia continuar sozinho.

A TECNOLOGIA CONECTANDO VIDAS 

Voltou para a sala após trancar a janela de forma abrupta quase que com raiva. Sentou-se no sofá e com muito desespero começou a chorar. 

Estava triste e sozinho. Mesmo tendo muitos colegas de trabalho e pessoas que pareciam ser “próximas” ele não contava para ninguém como estava se sentindo.

Naquele instante, abriu seu computador e buscou alguma informação sobre ajuda para quem estivesse se sentindo como ele. 

Sua surpresa foi grande quando percebeu que muito distante de ser um caso isolado, havia grupos, sites, movimentos e até mesmo plataformas que ofereciam apoio ou ainda terapias. 

Um dos primeiros sites que apareceram na sua tela foi a organização sem fins lucrativos CVV. Compreendeu que eles disponibilizavam site, telefone, email e até chat para que ele pudesse falar com alguém preparado para tais situações.

Naquela tarde fria, Augusto ligou para a CVV e no mesmo dia descobriu que ele podia contar com ajuda sempre que estivesse se sentindo sozinho.

A CVV nasceu no estado de São Paulo em 1962. Embora seja difícil definir quem a fundou ao certo, o mais correto é dizer que desde sua fundação sobrevive por doações sem apoio oficial de governos e religiões. 

Hoje está presente em todos os estados do Brasil e tem em seus quadros mais de 3.400 voluntários preparados para atender quando alguém precisa.

Com a tecnologia, podemos estar próximos de ajuda a um click, toque no celular ou em alguns casos pedido de voz. 

SOMOS TODOS AUGUSTOS

Quem já não passou um momento da vida em que se sentiu angustiado, solidão ou tristeza? A diferença é a rede que temos perto de nós. 

Quem nos ama, pode dar o apoio que precisamos. Desta maneira para que cultivemos uma vida saudável é importante que muito além dos sorrisos das redes sociais, tenhamos mesmo pelas mesmas redes sociais amigos sinceros. 

Recuperar amizades com a tecnologia é incrível. Encurtar a distância, conectar histórias e aproximar quem amamos. 

Augusto com muito esforço enviou para seus pais um novo smartphone e pode assim retomar o contato com chamadas de vídeo. 

Começou a fazer isso todos os dias e hoje sente cada dia mais segurança em estar em São Paulo. Da ligação que fez para a CVV naquela tarde fria, caminhou para conversar sobre seus sentimentos com o RH da empresa que ele trabalhava.

Foi acolhido e recebeu a ajuda necessária. O que foi concretizado em um programa de escuta que a empresa tinha em sua estrutura. 

Os dias não mais eram tristes, e no carinho também encontrado no trabalho ele conseguiu buscar mais forças. 

SETEMBRO AMARELO, VAMOS FALAR SOBRE ISSO

A tecnologia é nossa aliada em encurtar distâncias. Mas jamais podemos esquecer que nada pode ser colocado no lugar dos encontros e do contato pessoal.

Somos seres de emoção, precisamos do abraço, do carinho e do afeto. Augusto foi convidado a falar em sua empresa sobre o chamado SETEMBRO AMARELO. 

Setembro Amarelo teve início nos Estados Unidos quando o casal Dale e Darlene Emme começaram uma ação de prevenção ao suicídio logo após o filho, Mike, se matar aos 17 anos em 1994. 

Para isso, começaram a usar uma fita amarela, cor do Mustang 68 restaurado pelo filho e uma de suas grandes paixões. O principal objetivo do setembro amarelo é trazer visibilidade para o tema, e conscientizar a população para a prevenção de suicídios.

As campanhas são criadas com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas.

Augusto ao saber disso, lembrou daquela tarde e como se sentiu ao abrir a janela. Lembrou do apoio que teve e da rede que começou a formar de pessoas que ama. 

O apoio da empresa, dos amigos, da tecnologia que o aproximou dos seus pais e de tudo que valia a pena. 

Augusto tornou-se um apaixonado consciente pela vida! E nunca mais aceita pensamentos ruins, afinal viver é a melhor coisa que podemos ter. 

Você nunca mais estará sozinho. Lembre-se desta frase. Se sentir que algo não está bem e no clicar da sua mão não estiver ao alcance alguém que possa ajudá-lo, saiba que pode contar conosco! 

Não somos apenas uma empresa de tecnologia. Somos pessoas do bem que amamos viver. Você faz parte da nossa vida. 

Forte abraço de quem também aprendeu a dar muito valor à vida.

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