Muitos empresários ainda subestimam a amplitude dos riscos cibernéticos que podem afetar profundamente seus negócios. Persiste a ideia equivocada de que pequenas e médias empresas (PMEs) não são alvos atrativos para criminosos digitais. Não subestime, cyber segurança para PMEs é um assunto crítico.
Devido às suas infraestruturas de segurança mais limitadas, as PMEs são vistas como alvos fáceis. Por isso, implementar um programa estruturado de segurança da informação deixou de ser opcional e passou a ser essencial para garantir resiliência técnica e operacional.
Cenário e Estatísticas de Ataques no Brasil
- Tentativas alarmantes de ataques: Entre outubro de 2022 e outubro de 2023, as PMEs brasileiras enfrentaram cerca de 192 milhões de tentativas de invasão, o que equivale a 526 mil bloqueios por dia ou 365 por minuto Fonte: Kaspersky
- Ataques direcionados: Em 2023, 62% dos ataques cibernéticos tiveram como alvo especificamente PMEs. Fonte: IBM Security
- Vitimização elevada: Em agosto de 2025, um levantamento apontou que 73% das PMEs já foram vítimas de algum ataque nos últimos dois anos, com prejuízos que variam de R$ 100 mil a R$ 6 milhões por incidente. Só no primeiro semestre de 2025, foram registradas 314,8 bilhões de atividades maliciosas no Brasil. Fonte: Rfnet
Esses números deixam claro: as PMEs não apenas são alvos frequentes, como já vêm sofrendo impactos financeiros significativos.
Segurança Cibernética Não Precisa Ser Cara
Engana-se quem pensa que segurança cibernética exige investimentos milionários. O que faz diferença é organização, priorização e disciplina. Um plano bem estruturado, apoiado em políticas claras, tecnologias acessíveis e capacitação de colaboradores, protege os ativos da empresa, reduz perdas financeiras, evita danos à reputação e garante continuidade operacional.

Pilares de um Programa de Cyber Segurança para PMEs
1. Políticas de Segurança da Informação
Formalizar diretrizes é o primeiro passo para criar uma cultura de segurança.
Exemplos de políticas fundamentais:
- Uso aceitável: regras para uso de dispositivos e rede corporativa.
- Senhas: critérios de complexidade, validade e armazenamento seguro.
- Backup e recuperação: frequência, escopo e testes regulares de restauração.
- Gestão de incidentes: fluxo claro de resposta a incidentes de segurança.
Essas políticas devem ser objetivas, adaptadas à realidade da empresa e escritas em linguagem simples, mas tecnicamente precisa.
2. Firewall e Controle de Acesso
O firewall é a primeira linha de defesa contra acessos indevidos.
- NGFW (Next-Generation Firewall): inspeção profunda de pacotes, controle de aplicações e integração com antivírus.
- UTM (Unified Threat Management): combina firewall com VPN, IPS, filtro web e controle de conteúdo.
Boas práticas: aplicar a regra do “mínimo necessário”, liberando apenas os acessos indispensáveis. Em empresas com home office, é essencial reforçar os controles por meio de soluções de bloqueio de sites maliciosos ou que possam representar riscos aos computadores fora do ambiente corporativo.
Firewall Gerenciado | Ravel Tecnologia
3. Antivírus e EDR/XDR
Cada estação de trabalho, servidor e dispositivo móvel precisa estar protegido. O ideal é adotar soluções corporativas que incluam:
- Atualizações automáticas.
- Monitoramento em tempo real.
- Detecção por comportamento (heurística).
- Gerenciamento centralizado.
Hoje, recomenda-se evoluir para EDR/XDR, que ampliam a visibilidade e permitem resposta rápida a atividades suspeitas.
4. Backups Seguros e Testados
O backup é a última linha de defesa contra ransomware, falhas ou erros humanos.
Boas práticas incluem:
- Backup diário em nuvem com criptografia em trânsito e em repouso.
- Testes periódicos de restauração.
- Estratégia 3-2-1: 3 cópias, em 2 mídias diferentes, sendo 1 off-site.
Backup Online Gerenciado para Servidores | Microsoft 365

5. Conscientização e Treinamento de Colaboradores
Tecnologia sozinha não basta: o elo humano pode ser a maior vulnerabilidade.
Investir em conscientização fortalece a equipe e cria uma cultura preventiva.
Ações recomendadas:
- Simulações de phishing.
- Cursos online de cibersegurança.
- Cartilhas, vídeos e quizzes internos.
- Políticas com ciência e assinatura eletrônica.
O colaborador bem treinado se transforma no “firewall humano” da empresa.
6. Autenticação Multifator (MFA)
O MFA é uma medida simples e de alto impacto. Ele adiciona uma camada extra de proteção em acessos críticos, como:
- E-mails corporativos.
- VPNs e conexões remotas.
- ERPs, CRMs e sistemas financeiros.
- Contas em nuvem (Microsoft 365, Google Workspace, AWS etc.).
Sempre que possível, prefira MFA em vez de apenas 2FA.
Proteja seus dados usando MFA – Blog – Ravel Tecnologia
7. Gestão de Identidades e Ativos
Controlar quem acessa o quê e quais dispositivos estão conectados é vital para evitar brechas.
- Inventário atualizado de ativos (hardware e software).
- Adoção de gerenciadores de identidade (IAM).
- Monitoramento contínuo de acessos e permissões.
8. Criptografia de Disco
A criptografia garante que, mesmo em caso de perda ou roubo de dispositivos, as informações permaneçam inacessíveis. Deve ser aplicada em:
- Notebooks corporativos.
- Servidores.
- Armazenamentos externos e nuvem.
Gerenciamento de criptografia – Blog – Ravel Tecnologia
Cyber Segurança como Estratégia
Para pequenas e médias empresas, a segurança não deve ser vista como um gasto secundário, mas sim como parte essencial da estratégia de negócios. Focar em Cyber Segurança para PMEs de forma preventiva é sempre mais econômico e eficiente do que remediar os danos após um incidente.
Com medidas acessíveis e bem planejadas, é possível alcançar resiliência cibernética sem comprometer o orçamento.
A Ravel Tecnologia pode apoiar sua empresa nesse caminho, oferecendo soluções sob medida para proteger dados, reduzir riscos e garantir a continuidade do negócio.